Turnhout, Belgique

   E pronto, fechado o capítulo Eslovénia, Aústria, rumamos à Bélgica, onde fui o fim-de-semana passado ver como andavam as meninas Marta e Soraia (ou Ana Sofia, como quiserem!lol). Para mal dos meus pecados fiquei com febre no dia anterior à partida e, tendo em conta que a Bélgica não é, de longe, um país quente, não é difícil adivinhar que os primeiros dias que passei por lá foram desesperantes para a minha cabeça e garganta. Mas lá se passou com a boa disposição das anfitriãs e muita paciência, né meninas? Se não fossem vocês como iria resistir ao frio belga? O meu muito obrigado por tudo. Agora espero por vocês na quentinha Itália (que por acaso hoje tá enlouquecida por estes lados com tanto vento - temo que o famoso e temível BORA NERA esteja a caminho - ai ai!!).

   Começando- apanhei o comboio para Veneza às 4h30 da manhã (que bom!!!); cheguei lá, chovia, fazia vento e frio (minha amada Trieste, como gosto de ti!!!). Depois de apanhar o autocarro para o Aeroporto de Treviso e ter ajudado um estrangeiro com demasiadas malas para uma pessoa só lá embarquei no avião rumo à Bélgica. Despedi-me do bom café e do quentinho e lá fomos nós. O tempo começou a melhorar depois de passarmos os Alpes, onde deu para ver casinhas e campos e tudo o resto. E tudo corria bem até chegarmos perto de Bruxelas onde nos aproximámos de uma imensa núvem cinzenta e feia - bem vindos à Bélgica!!

  Saí do aeroporto, procurei indicações (se há coisa que eles também são maus - além do café e do frio - é na falta de indicações para pessoas que estão lá pela primeira vez. Elas estão lá, mas escondidas!!GRHHH). Já com o autocarro à espera tirei rapidamente o bilhete ao mesmo tempo que fazia um telefonema rápido à nossa Soraia a confirmar o local de chegada. Tudo OK. Chegada a Charleroi comi uma bela tartelette au riz para aconchegar o estômago, dirigi-me ao gabinete internacional para pedir indicações e um senhor bastante simpático lá me deu os horários e todas as informações de que precisava para chegar a Turnhout. Comprei o GoPAss - boa ideia esta, tenho que colocar aqui um MAIS nos belgas - o passe é para menores de 26 anos, paga-se 50 euros por 10 viagens e mesmo que precisemos de mais de um comboio para chegar ao destino conta apenas uma viagem! Cómodo, fácil e muito eficaz =). Alegre e feliz com o GoPass na mão entrei no comboio 1 que me levaria a uma estação intermédia onde teria de mudar para o comboio 2, este sim com  Turnhout como destino final. No caminho ouvi francês e música rap de algum cromo que deve achar que o resto do mundo partilha do seu gosto musical. Na estação intermédia, Malines, tive o meu primeiro contacto com o dutch, uma vez que o nome da estação estava em francês e em dutch - e acreditem, faz diferença. Com medo de me perder e depois de ter lido a versão dutch da estação tive que me dirigir a alguém e no meu francês parco perguntar se aquela era de facto a estação de Malines. Resposta afirmativa. Aqui vamos nós. Chegada a meio da estação para mudar de linha um jovem belga com bom aspecto aproxima-se e começa a falar rapidamente em francês, ao que eu respondo que não sou, de todo, francesa. OK, "donde és"? "Portuguesa!", "Ah! então só porque és Portuguesa ofereço-te uma caneta!" (o rapaz testava a fazer publicidade a uma marca de telemóveis e o objectivo era raspar uma raspadinha e ver se ganhávamos alguma coisa; sendo eu de fora não poderia aceder a qualquer prémio), "Merci. Au revoir!", "Boa estadia na Bélgica!". E ainda dizem que não há pessoas simpáticas na Bélgica!! Fica a prova de como eles existem!! =).
    Adiante, neste segundo comboio já não se ouvia tanto barulho e o pouco que se ouvia era em dutch, o que significa que não se apanhava nada. Et voilà, chegada a Turnhout e com uma hora e tal para matar decidi ir experimentar o tão mal-afamado café belga. Entrei num café todo jeitoso e lá pedi, corajosamente, um café. Veio dentro de uma grande caneca, toda catita, com bolachinhas, bombons e leite  ao lado (e também com um preço não muito agradável, ainda menos depois de ter metido o cafe à boca). Que grande porcaria  - e mão há melhor maneira (nem mais educada) de o dizer, mas o café não vale nada!!!! Por isso confirmam-se os rumores - o café belga não sabe a nada e não vale, certamente, nada! Enfim, menos mal que estava ao abrigo do frio e tinha tempo para fazer umas leituras enquanto esperava pela Soraia. Depois de receber o telefonema da Soraia lá fui eu ter com ela - sabe tão bem falar português e não ter que pensar no que dizer =). eheh!! Antes de mostrar as fotos- Turnhout fica no norte da Bélgica, já quase na fronteira com a Holanda. Antwerp é a cidade mais próxima (ver mapa acima) e pronto, o resto relatará a Marta que mora lá =)

 Estação de comboios de Turhnout

 

Arte belga - não a percebo, mas dizem que é bonita

(devem ser as mesmas pessoas que acham que aquilo é café).

 

Igreja de S. Pedro.

Pormenor da Igreja (tem umas músicas todas catitas quando dá as horas).

 

Interior da  igreja.

 

Museu das Cartas, que fica mesmo ao lado casa da Marta e da Soraia.

Os diferentes baralhos do mundo!!

Sofás e pintura =)

 Alguns desenhos presentes no Museu.