2.11.2009

Passo de número indefinido: saber viver em comunidade com os locais!


Pois bem, uma vez chegado ao local há que saber conviver com os chamados nativos (ou, como se diz para estes terrenos "há que saber conbiber"). E para exemplificar a perícia necessária para tal façanha, nada melhor do que contar uma pequena história de seu título:
"Marta e os condutores de Coimbra"

Tudo começou num singelo dia, por puro acaso não chuvoso, em que, como sempre, Marta e Vera, tentam apanhar o autocarro dos SMTUC (Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra) para um dado local. À hora certa, lá estão as duas bandidas à espera do autocarro quando o veêm do lado contrário da estrada... quando ele deveria ter passado também pela paragem onde as ditas cujas estavam.
OK, tudo bem, há-de haver outros, pensam as petizes!! E de facto havia, e para ter a garantia que havia muitos lá foram as duas para a próxima paragem, onde passavam mais autocarros.

E lá apanharam outro autocarro que, até certo ponto seguiu o percurso habitual até começar a virar para uma rua diferenre... isto a uma mera rua antes de chegar ao destino... destino esse que era o chamado H.U.C. (Hospitais da Universidade de Coimbra)... Ora, tendo em conta o destino não é difícil adivinhar que muitas das pessoas que iam nesse autocarro eram de idade ou tinham, de facto, razões para ir ao dito local. Então, pensa uma pessoa "bem, o senhor motorista enganou-se mas vai voltar para trás"...
qual quê!!!
À mera pergunta "então, mas não era suposto ter ido por aquela rua?", o senhor responde, tão só e simplesmente, "então! enganei-me!! o que quer que lhe faça?!"
Ora, meu amigo, não faça nada, esteja mas é quieto que quem apanha autocarros para determinados destinos, particularmente hospitais, só o faz por pura diversão! obviamente que se pode ir a pé!! ainda mais se se tiver uma idade avançada ou uma perna aleijada!! com certeza!!
E assim, lá vão Marta e Vera e restante populaça (uns mais contentes que outros) à pata para o destino traçado!

Ora, esta história já tem o seu quê de fascinante (ou não! mas também, se não teve, era só para demonstrar ao pessoal que não anda por coimbra como é que as coisas se processam por cá. não é sempre, ressalve-se, mas quando acontece é de louvar!!)... mas o melhor ainda vem ai...

Depois desta manhã animada, Marta e Vera dirigem-se à piscina municipal de Coimbra., indo de encontro a Soraia, a terceira personagem desta história (mas não a última! que o melhor fica sempre para o fim!). Marta, sempre atenta ao mundo e preocupada em encontrar Soraia, vai alegre e distraidamente ter com ela. E eis que, de repente, surge o nosso quarto, e quase quase último personagem, o amigo do taxista. Este amigo, que estava a falar com o seu amigo taxista no táxi (tem lógica, não é?) abre a porta...
Quando?! Quando todos os astros se conjugam e as luas se alinham, resposta óbvia!
Para quê?! Para apanhar Marta a passar e dar-lhe valentemente com a porta na perna!!
Segundos antes, e tendo um dom visionário soberbo, Vera, essa grande personagem (porventura a maior da história), grita, muito baixinho mas com muito carinho "Olha aí!". Mas os deuses não quiseram e esse tímido "olha ai!" não foi o suficiente para evitar o "AU!" de Marta e o ar chocado do amigo do taxista, que se deparava agora com este ser estranho que geme na rua, literalmente, à sua porta. Preocupado pergunta "está bem?", ao que Marta responde "sim, sim"...
Mas este "sim, sim" continha toda a mentira do mundo e a verdade é que Marta, a pequena, não estava nada bem. Tendo em conta que Marta e Vera, ao encontro de Soraia, tinham como objectivo ir à natação, já se pode adivinhar que aquele "toque" da porta do táxi foi, literalmente, um golpe demasiado baixo para Marta!
E assim, Marta foi para casa com a canela inchada e a praguejar contra o mundo, aplicando os eus novos conhecimentos linguísticos (ou seja, muitas asneiras!)...

Pensam que acaba aqui?
Não!!
No dia seguinte ainda houve tempo para mais um confronto "marta vs táxi"! Mas com algumas diferenças: (1) o confronto foi entre Marta e a frente do carro; (2) carro esse que continha no seu interio apenas o taxista, sem amigo; (3) e, por último, mas mais importante, Marta ganhou o combate, comprovando que SIM, por vezes é possível "conbiber" com os automobilistas de Coimbra (de notar, para quem não está bem a ver, que por estas bandas - e fica já o aviso que, mais uma vez não são todas as pessoas, mas a maioria -, é extremamente perigoso atravessar uma passadeira...)

Até à próxima (se os automobilistas de Coimbra mo permitirem!)

4 comentários:

  1. Só um acrescento: neste último confronto com o táxi, o único aspecto comum com o dia anterior...foi mesmo o praguejar!

    E como evitar o perigo de atravessar passadeiras em Coimbra? Vera atira-se pro meio da estrada e se o carro não está numa de parar...estaca e manda um gritinho...eu já testei a eficácia...

    Pronto, ok, foram 2 acrescentos..

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  2. Já agora aproveito para dizer, só para o caso de alguém vir para a Suécia: a regra de convivência mais importante para os suecos é o "personal space"... manter as distâncias, não quero cá contacto físico com estranhos, o que é que aquela gaja faz a olhar para mim e no metro toca a dar cotoveladas no pessoal para não se chegarem perto... :D

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  3. Se querem condução animada e perigo na estrada, venham "cá fora" pra Nápoles :D Ficam com toda uma nova perspectiva de condução!

    Beijinhos juventude!

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  4. Lembre-me quando for a Coimbra levar o meu próprio carro e, pelo sim pelo não, umas boas caneleiras. :D:D

    Mas tem de se ver o aspecto positivo: ficam com uma cultura linguística muito mais vasta!

    Beijokas ;)

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